O Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 0,5 ponto percentual.
O corte na taxa de juros ocorreu após reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom, no início de agosto de 2023.
Esperava-se que houvesse corte da taxa em vista de menor inflação presente e de um cenário mais favorável da economia. A taxa havia sido mantida em mesmo patamar desde as últimas sete reuniões do comitê. As reuniões acontecem a cada 45 dias.
Além do cenário interno favorável ao corte da taxa de juros, o Banco Central sofria pressão pelo governo para a redução, haja vista que menores taxas de juros podem favorecer investimentos na economia e o consumo das famílias.
Assim, a atual taxa de juros básica da economia se encontra em 13,25%.
Segundo o Banco Central, em ata divulgada após a reunião do Comitê, as expectativas da inflação para 2023 e os dois anos seguintes no Brasil recuaram. O cenário atual e futuro melhores possibilitaram a realização do corte da taxa básica de juros, que era esperada pelo mercado e pelo governo.
Porém, o Banco adverte que é preciso ter atenção às possíveis pressões inflacionárias, bem como à desaceleração da atividade econômica global.
A instituição compreende que a decisão de reduzir a taxa básica de juros é compatível com a estratégia de convergência da inflação para a sua meta no longo prazo. A decisão também favorece o fomento do pleno emprego.
Foi considerada a estratégia de reduzir a taxa básica de juros em apenas 0,25 ponto percentual. Porém, o cenário econômico favorável possibilitou que a queda fosse mais acentuada. Existe um processo de desinflação em curso no país que permite cortes mais acentuados da Selic.
Em ata divulgada na terça-feira (08), o Comitê sinaliza que haverá a manutenção do corte de 0,50 ponto percentual para as próximas reuniões, ainda que o mercado tenha reagido mal a esta notícia, com a queda do índice da Bolsa de Valores e aumento do preço do dólar.
Com a queda da taxa de juros no Brasil, torna-se mais atrativo investir em mercados com rentabilidade financeira mais alta.
É possível que a taxa chegue a 12,00% até o final de 2023.
Os dados foram divulgados pelo Banco Central do Brasil.