Dezesseis pessoas, entre elas três adolescentes, foram flagrados em condições de trabalho escravo, na fazenda Morada da Lua II, entre os municípios de Coxim e Alcinópolis, nesta terça-feira (2). De acordo com o site Edição de Notícias, todos foram levados para o 1º Distrito Policial, onde foram ouvidos pela delegada Sandra Regina Simão de Brito.
Segundo a polícia, os funcionários trabalhavam em condições subumanas no corte de lenha de eucalipto. Os policiais chegaram até a fazenda depois de uma denúncia anônima feita à Polícia Militar.
Todos ficavam num alojamento sem condições de higiene, não se alimentavam regularmente e bebiam água suja. Um deles chegou a relatar que ficaram três dias sem comer e isso teve de matar uma seriema para alimentar o grupo.
Os trabalhadores também afirmaram que não possuem carteira assinada e não recebiam pelo serviço. Um dos trabalhadores disse que há cinco meses apenas recebia vale. Outros disseram que há 24 dias não recebem nenhum valor.
Ainda de acordo com um deles, o grupo tinha que carregar 14 carretas bitrem com lenha para receber o equivalente a R$ 750.
A informação da polícia, é que o proprietário da fazenda não tem vínculo com os trabalhadores, que foram contratados por um empreiteiro para cortar, empilhar, carregar e descarregar as carretas.
O empreiteiro F. G., de 38 anos, disse que contratou os trabalhadores em Bela Vista. Ele nega que os funcionários passavam necessidades no local e afirma que havia feito compra recentemente.
O grupo afirma que não pretende voltar para a fazenda, apenas exige que seus direitos sejam pagos para que possam retornar para casa.
Fonte: Diego Alves – Midiamax com informações de Edição de Notícias