Plenário lotado, professores carregando faixas e cartazes, esse é o cenário na Câmara de Vereadores de Campo Grande na manhã desta terça-feira (11). Os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) entraram no 4º dia de paralisação e afirmam que a greve vai prosseguir até que o prefeito Gilmar Olarte (PP) acate a reivindicação de integralizar o piso ainda em 2014.
“Queremos a integralização do piso ainda este ano, e o prefeito pode fazer a proposta de parcelamento que vamos discutir em assembleia. Tem que ser um discussão com a categoria que vai avaliar desde que haja a integralização”, afirmou Geraldo Gonçalves, presidente da ACP (Associação Campo-Grandense de Profissionais da Educação).
Durante seu discurso no plenário, o vereador Paulo Pedra (PDT) pediu a renúncia do prefeito. “Se o Olarte não dá conta, renuncia e vai para casa, e deixa o Mario Cesar (PMDB) pagar os professores”, disse. Pedra ainda falou de uma denúncia de que a Secretária de Educação, Ângela Brito estaria intimidando os professores “ Não tem que pressionar os professores para não irem para a rua fazer greve”, pontuou.
Segundo o presidente da ACP, 66% das escolas estão paralisadas, o município conta com 94 escolas municipais. “Recebemos um ofício do prefeito e amanhã em assembleia vamos avaliar esse oficio e daí decidiremos se paramos ou não com a greve” finalizou Geraldo Gonçalves. O líder do prefeito na câmara, Edil Albuquerque (PMDB), não quis se pronunciar.
O Fórum Municipal da Cultura também foi pedir apoio dos vereadores para os problemas na Fundac (Fundação Municipal de Cultura). Segundo Angelo Arruda, vários artistas do Estado ainda não receberam cachês de shows feitos. “Há dois meses estão suspensas toda a programação cultural. Do ano passado fevereiro 40 artistas estão sem receber e valores pequenos. Agora está aqui na Casa um pacote de suplementação a ser votado tirando R$ 5 milhões da cultura e jogando na secretaria de obras”, encerrou Arruda.
Fonte: Thatiana Melo – Capital News