Comissão analisa propostas que valorizam carreira de professor


Apontada como um dos principais desafios para a melhoria da educação, a valorização dos professores é assunto de cerca de 10 propostas em tramitação na Câmara.

A deputada professora Dorinha Seabra, do DEM de Tocantins, reapresentou projeto (PL-1287/2011) de autoria da ex-deputada professora Raquel Teixeira. Pelo texto, o professor e outros profissionais da educação básica terão novas diretrizes para a carreira, como a formação continuada; melhorias nas condições de trabalho; número adequado de alunos por turma e possibilidade de progressão funcional. Além de serem exigidas algumas condições para entrar na carreira como ingresso por concurso e experiência mínima. Professora Dorinha alerta para a fuga dos bons profissionais da carreira e a baixa motivação para o surgimento de novos professores.

“Nós temos um fato que chama atenção, que é o número de alunos que estão terminando o ensino médio que querem ser professores. É baixíssimo! (…)Se nós não conseguirmos mudar essa carreira do professor para que ela seja atrativa, os melhores alunos do ensino médio, os bons profissionais, não vão ficar na escola. Eles podem até temporariamente atuar, por uma questão de mercado de trabalho, mas vão estar sempre buscando outro espaço, com maior qualidade.”

Outro projeto, (PL 2826, de 2011) de autoria da deputada Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, que tramita em conjunto com o da Professora Dorinha, enfatiza a questão da formação do professor.

“Além da questão salarial, nós não podemos, de maneira nenhuma, descuidar do aspecto da formação. E, levando em consideração agora, nós temos que atualizar o projeto à luz das metas no novo Plano Nacional de Educação, na medida em que o novo Plano Nacional da Educação estabelece metas no que diz respeito a garantir a formação inicial e continuada para todo o magistério brasileiro, no que diz respeito a garantir que 50% do magistério da educação básica tenham direito à pós-graduação.”

As duas propostas e outras sete de mesmo teor são analisadas em conjunto pela Comissão de Seguridade Social.

Fonte: Emily Almeida – Rádio Câmara

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