Fenômeno El Niño pode causar tempestades em todo o estado nos próximos meses

Foto: Divulgação/Cedec-MS

Pelos próximos três meses, Mato Grosso do Sul pode ter chuvas mais generalizadas e por vezes forte, segundo prognóstico do meteorologista Natálio Abrão. O alto volume de precipitações pode causar inundações e a preocupação é proliferação do mosquito Aedes aegypi, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

O meteorologista disse ao Portal Correio do Estado que a previsão é devido a influência do fenômeno El Niño, que é um aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico e produz profundos efeitos no clima. Esse aquecimento começou em março deste ano e deve começar a diminuir em março de 2016. Segundo Natálio, essa alteração é a mais significativa registrada desde 1997.

De acordo com o meteorologista, historicamente o El Niño tem influenciado no regime de chuvas e, como há essa influência intensa, a tendência é de que pelos próximos meses ocorram chuvas mais generalizadas em todo o estado e aumento da temperatura.

“O fenômeno do El Niño historicamente traz chuva em volumes maiores e mais distribuídas e pode ocorrer chuva intensa com raios e rajadas de ventos. A tendência é de valores mais significativos, a gente espera chuva de 100 mm e pode chover 300 mm, por exemplo”, disse.

Esse volume maior de chuvas em curto espaço de tempo pode causar alagamentos e inundações. Ainda segundo Natálio, o grande acumulado de chuvas na região sul do estado, que causou estragos e já fez 14 municípios decretarem situação de emergência, já é reflexo do fenômeno.

Para Campo Grande, a previsão é de 210 mm de chuva em dezembro e 215 mm em janeiro. As temperaturas devem ultrapassar os 30°C em todo o estado, com aumento de 6°C acima da média para o período.

Com a previsão de chuvas intensas, a preocupação é com relação a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, que se multiplica em água parada. A Câmara de Vereadores da Capital infomou que as informações do meteorologista são importantes para que se desenvolvam ações de prevenção tanto com relação ao mosquito, quando para possíveis estragos causados pela chuva.

Fonte: Glaucea Vaccari – Correio do Estado

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