Governador diz que queda na arrecadação deve virar rotina em 2015

Foto: Deurico/Capital News


Indagado sobre a situação financeira de Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) não hesitou em afirmar que estamos vivendo uma situação complicada, com os fantasmas de uma possível crise econômica, que assombram o país, chegando cada vez mais perto do estado.

O governador citou o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, no último domingo (8), para reforçar que 2015 será um ano difícil para o crescimento do país e consequentemente de MS. “Quem ouviu a presidente Dilma falar no domingo, falou a nação, ela disse que nós temos uma perspectiva de só voltar a crescer no final do segundo semestre de 2015, então ela já sinalizou que neste ano nós devemos ter um ano de baixo crescimento”, destaca.

Azambuja também reforçou que será dever de cada estado e município, buscar alternativas para incentivar o desenvolvimento da economia. “É neste ano de baixo crescimento, que o governo, com as ferramentas que tem, precisa ter agilidade para fazer a economia andar e por isso nós estamos criando ai um conselho ágil e uma boa interlocução com o segmento produtivo, para que esses recursos possam financiar projetos de empreendedorismo, de oportunidades e principalmente, de manutenção de geração de novos empregos aqui no Mato Grosso do Sul”, destaca o governador, que ainda lembrou que 2015 teve uma significativa diminuição no orçamento governamental.

Reinaldo completou afirmando que economizar será a palavra de ordem para este ano. “Temos que rever os investimentos prioritários, fazer a manutenção da máquina pública funcionando e economizar. Economizar nas compras públicas, diminuir o numero de cargos em comissão, como nós já fizemos, diminuir o custeio, tendo mais eficiência nos gatos”, defende.

Para o governador esse “aperto de cinto” é extremamente necessário, uma vez que a arrecadação do estado tem tido progressiva queda. “Estamos tendo queda todos os meses, caiu em janeiro, caiu em fevereiro, perspectiva de queda para março, isso deve ser uma rotina. A baixa atividade econômica do país afeta as finanças públicas, de município, de estado e da união e por isso a gente está buscando o equilíbrio necessário”, explica.

O pronunciamento do governador foi durante um evento para apresentar o balanço de 2014 do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e as metas para 2015, assim como a posse dos novos conselheiros do Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis (CEIF) para o quadriênio 2015-2018.

O aumento no aporte de recursos, que neste ano será de R$1,386 bilhão para Mato Grosso do Sul, a elevação na taxa do setor empresarial, a flexibilidade na compra de maquinas e caminhões e o financiamento nas áreas de ciência e tecnologia, são as novidades do FCO para este ano.

Fonte: Kemila Pellin – Capital News 

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