Três homens, de 34 e 55 e 57 anos, procuraram a Polícia Civil para denunciar, na segunda-feira (19), que estavam sendo submetidos a condições de trabalho escravo na zona rural de Coxim, a 257 km de Campo Grande.
Segundo o registro policial, o trio disse ter sido contratado por um mesmo homem para trabalhar, sendo dois no corte e remoção de árvores às margens da BR-163 e um na função de motorista. O combinado foi que todos receberiam o mesmo pagamento de R$ 2,2 mil.
O trabalhador de 55 anos, que tinha uma motosserra, disse que combinou de receber R$ 300 a mais que os colegas pelo aluguel do equipamento. O serviço dele e do trabalhador de 57 anos começou no dia 05/01, quando a dupla saiu da cidade de Bandeirantes rumo à Sonora, onde pernoitaram em um hotel e só receberam alimentação no dia seguinte.
No dia 07/01, os trabalhadores disseram que dormiram no chão de um barracão aberto e foram para Coxim no dia seguinte, onde iniciaram os trabalhos e recebiam alimentação de baixa qualidade. Além disso, continuavam a dormir no chão de um barracão onde funcionava uma funilaria.
No dia 15/01, os homens receberam ordens do contratante para que fizessem a limpeza de bueiros no trecho entre Sonora e Coxim, serviço diferente do que haviam sido contratados. No dia seguinte, novamente foram obrigados a fazer limpeza dos bueiros, mas se recusaram.
Após a recusa, o contratante disse que os dois poderiam ir embora e que não receberiam pagamento porque teriam que cumprir todo o serviço. O outro trabalhador foi contratado pelo mesmo valor para a função de motorista e começou a jornada de trabalho no dia 09/01, mas, como não tinha veículo, acabou desempenhando serviços de cozinheiro e ajudante geral.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Coxim como redução a condição análoga a de escravo e será investigado.
Fonte: G1 MS