Horticultura de MS atende 35% da demanda interna

Foto: Divulgação


A produção de hortaliças de Mato Grosso do Sul atende 35% da demanda interna. O percentual pode não parecer animador, mas indica uma mudança bastante significativa para o Estado, que há cinco anos importava quase todas as hortaliças que consumia. Para contribuir de forma determinante com o desenvolvimento socioeconômico da agricultura familiar do Estado, o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS mantém em sua grade de formação o curso ‘Implantação e Manejo Básico de Horta’, formação que nos dias 18 a 20 de fevereiro será oferecida no município de Bela Vista.

Segundo o instrutor do Senar/MS, Carlos Crestani, o aumento significativo na produção é reflexo de incentivos recebidos pelo produtor, mas ainda falta valorização do produto. “A demanda de cursos nessa área cresceu significativamente, mas os mercados ainda não reconhecem que o que produzimos aqui é de qualidade”, lamenta. O produtor familiar pode contar com a Conab – Companhia Nacional de Abastecimento e recorrer a programas como o PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar e Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, por exemplo.

O custo para investir em horticultura comercial pode variar de R$ 8 a 12 mil para uma área de meio a um hectare, o que inclui estufa, telas, insumos, adubo, sementes e irrigação. Segundo Crestani, a mão de obra de uma família com no mínimo três pessoal é suficiente. “É importante que a família esteja envolvida no negócio, pois todos contribuem de certa forma. Com um bom planejamento, o lucro líquido mensal gira em torno de R$ 6 mil”, destaca o instrutor do Senar/MS, ao afirmar que além do investimento com capital, é necessário que o produtor invista em conhecimento técnico e faça um planejamento de pesquisa. “Ele precisa saber para quem e o que ele pode vender na região dele, além de estudar o que o comércio carece”, ressalta.

Durante a capacitação, a parte prática abrange planejamento estratégico, tratos culturais como a importância do preparo do solo com matéria orgânica, adubação, poda, irrigação, a necessidade da implantação de sombrites ou estufas – que isolam o calor e o excesso de chuvas – o cuidado com pragas e doenças e as etapas finais de colheita e comercialização. “O produtor precisa escalonar a produção, manter um calendário e armazenar o que colheu em local fresco e úmido”, complementa Crestani.

Uma alternativa para aproveitar o que não foi comercializado é a produção de compotas e conservas. Com um quilo de cenoura, que custa em média R$ 4, é possível produzir dois potes de conserva, vender a R$ 9 cada um e ter pelo menos 150% de lucro. O curso ‘Implantação e Manejo Básico de Horta’ tem 24 horas de duração e limite de 15 participantes. Para saber onde mais ele será realizado no Estado ou buscar outras qualificações, acesse www.senarms.org.br, ligue no (67) 3320-9700 ou entre em contato com o Sindicato Rural do seu município.

Fonte: Região News

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