O presidente da Adepol-MS (Associação dos Delegados de Mato Grosso do Sul), Marcelo Vargas, negou qualquer participação no esquema das máquinas caça-níqueis, revelado na noite de ontem (30) pelo Fantástico, da Rede Globo.
Marcelo Vargas disse não conhecer Clayton Batista, o dono de centenas de máquinas caça-níqueis, e lembrou estar afastado há 1 ano e 9 meses das funções de delegado. Ele havia pedido o afastamento para comandar a entidade classista.
“Eu não conheço esse cidadão que foi filmado. Na minha opinião, ele foi incitado a citar o nome de alguém conhecido”, afirmou o presidente da Adepol-MS.
O delegado também desafiou alguém a provar o envolvimento dele com o dono dos caça-níqueis e o esquema.
Marcelo Vargas afirmou ainda que, após assistir a reportagem, pediu para a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) investigar o caso e apurar a existência das 90 máquinas caça-níques em Campo Grande.
O delegado disse estar sofrendo um ataque difamatório e que a matéria não apresenta nenhuma prova.
Câmera escondida – Clayton Batista foi flagrado, em conversas gravadas pela polícia com uma câmera escondida, dizendo que o presidente da Adepol-MS participaria do esquema das máquinas caça-níqueis.
De acordo com a declaração de Batista, Marcelo Vargas seria o responsável por “segurar as broncas” do grupo criminoso em Mato Grosso do Sul.
Clayton Batista disse ainda que teria 90 caça-níqueis somente no Estado. Ele foi preso após tentar comprar a polícia para montar uma rede de caça-níqueis no interior de São Paulo.
O delegado Nelson Barbosa Filho, de Araçatuba (SP), fingiu que estava dentro do esquema, para gravar tudo por meio de câmeras e efetuar a prisão.
Fonte: Paulo Fernandes – Campo Grande News