O Ministério da Justiça indica áreas que entram em negociação, a ideia é visar a solução do conflito fundiário indígena em Mato Grosso do Sul. As áreas serão indicadas até quarta-feira (30). O anúncio foi dado durante reunião na quinta-feira (24), na Governadoria.
O assessor do Ministério, Flávio Chiarelli de Azevedo, se reuniu com os representantes dos Terenas e em seguida mostrou otimismo sobre o encaminhamento que está sendo dado à proposta de criação de uma mesa de negociações para compra de áreas, apresentada pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A indicação aconteceu pela dificuldade dos indígenas e dos produtores em apontar as áreas prioritárias para análise da mesa de negociação.
De acordo com o presidente da Famasul, Maurício Saito, a mesa de negociação é uma ação que pode ser efetiva na busca de uma solução pacífica para os litígios de terra no Estado, mas observa que a decisão de negociar as propriedades é individual, de cada um dos produtores envolvidos. “Estamos aqui atendendo convite do Governo Federal porque como Federação, vamos estar presentes em toda e qualquer iniciativa com o propósito de encontrar solução para o problema das invasões. Precisamos resolver esta questão e conter as invasões de propriedade, as quais alimentam o ciclo de violência que vivemos no campo atualmente”, avaliou.
Ao total são aproximadamente 95 propriedades rurais invadidas por indígenas em Mato Grosso do Sul. Cinco delas em Antônio João, o mais recente foco de conflito do Estado, a segurança é mantida pela Força Nacional e pelo Exército.
Na reunião estiveram presentes o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Silvio Cesar Maluf; do Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel;do chefe do Centro de Operações do Comando Militar do Oeste (CMO), general Carlos Sérgio Câmara Sau; e do Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul ), Maurício Saito, além da representante da Advocacia Geral da União (AGU), Adriana Rocha, de delegados da Polícia Federal e representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Fonte: Myllena de Luca – Capital News