Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (12) no Conselho Municipal de Saúde de Dourados, ficou definido que o MPE (Ministério Publico Estadual) irá acompanhar por meio de um Procedimento Administrativo, os repasses de verbas públicas do HE (Hospital Evangélico) ao Centro de Tratamento de Câncer de Dourados. A medida foi tomada devido aos atrasos que acarretaram a suspensão de atendimentos a novos pacientes e fecharam as portas do Centro desde a quarta-feira passada (7).
O promotor substituto João Eduardo Antunes Mirais, que atualmente está respondendo pela 10ª Promotoria de Justiça, disse que a medida será tomada a partir de hoje.
“É uma medida profilática, onde irá acompanhar a entrada das verbas públicas ao CTC, e para que não aconteça novos atrasos”, contou.
A presidente do Conselho Municipal de Saúde de Dourados, Berenice de Oliveira Machado Souza, também organizou a formação de uma comissão, que foi aprovada e acompanhará os repasses aos setores de oncologia, nefrologia e cardiologia, todas terceirizadas.
Em reunião realizada na sexta-feira (9) no MPF (Ministério Público Federal), ficou acordado que o Evangélico repassaria R$ 200 mil ao CTC para sanar parte da divida que segundo o diretor da unidade, Mário Eduardo Rocha, seria em torno de R$ 900 mil contando convênios privados e o SUS (Sistema Único de Saúde), e na segunda-feira que vem (19) volte a atender novos pacientes no local.
“Esse valor vai nos ajudar a respirar e com ele, saldar parte da dívida com fornecedores e pedir novos medicamentos”, contou Rocha.
Já o vice-superintendente do HE, Marco Aurélio de Camargo Areias se comprometeu a repassar o valor acordado para continuar os tratamentos. “O HE irá cumprir o repasse de R$ 200 mil e trabalhar para que esse problema não ocorra novamente”, frisou o vice superintendente do HE.
Entenda o caso
Desde quarta-feira (7) a unidade encontrava-se fechada para novos atendimentos. Segundo um dos diretores da empresa, Mario Eduardo Rocha, o HE recebeu e não teria realizado os repasses referentes aos pagamentos do SUS (Sistema Único de Saúde) e planos de saúde.
A falta de medicação também seria impasse para a abertura dos novos procedimentos, já que a farmácia da oncologia encontra-se vazia.
No mesmo dia, o Evangélico rebateu as acusações por meio de um ofício encaminhado para o próprio CTC, dizendo que a suspensão dos atendimentos foi desnecessária, já que no local existiriam remédios suficientes para no mínimo, mais cinco dias.
Fonte: Joandra Alves – Dourados News