O ano da esperança – Por Gabriel Boccia


O ano de 2016 pode ser determinante para dar uma injeção de esperança nos brasileiros em relação ao futuro da cidade em que vivemos e do país. Após anos frustrados pela abrupta queda da economia resultante da incompetência e da corrupção, aliada a descrença na política, um novo ano se inicia com a esperança de um novo tempo. 

As coisas que assim são hoje não eram assim antes. Se assim não eram, não teriam, necessariamente, de vir a ser mais adiante. A esperança traduz um ideal em relação à própria existência: o indivíduo pode construir de outro modo àquilo que talvez pareça perdido. No caso da política, indivíduos com esperança se juntam para construir de outro modo um modelo de governança. A tragédia ainda não ocorreu, pois nascem alternativas sempre que alguém encontra esperança.

A matéria prima da esperança é a razão, o sentimento, a inteligência, a intuição. Ela nasce na capacidade que cada coração tem de se projetar no tempo, de usar sua liberdade para não aceitar aquilo de ruim que lhe é posto e imposto. Esperança é não se conformar com condições predeterminadas, é desejar e inclinar sua vida num projeto de longo prazo investido em valores. É ter uma determinação heroica na alma.

A esperança com propósito, feita a partir de uma ideia central de servir a população e honrar o recurso público, define os detalhes de todo um projeto de cidadania e de um futuro próspero. Quem tem esperança preocupa-se não com as coisas como são, mas como as coisas poderiam e deveriam ser, podendo vir a traduzir uma adesão na saúde, na educação, na segurança, nas secretarias e até mesmo dentro dos corações. A esperança é a semente amiga da paciência, filha legítima da fé, parceira da perseverança e da determinação, condição da vitória. É a consciência de que a honestidade será sempre o melhor caminho, pois alimenta com verdades o caminho da esperança. 

Lembremo-nos da distinção entre esperança do verbo “esperar” e esperança do verbo “esperançar” (de onde vem à palavra). A real esperança é aquela do verbo esperançar, ou seja, correr atrás, batalhar, pois só quem age pode se nutrir de esperança e a transformar em realidade. A esperança do verbo esperar é só uma espera, um aguardo. Esperançar é ir atrás, unir-se, pensar e agir, fazer acontecer, construir, levar adiante, nunca desistir. É ser responsável, é dar o melhor de si, ser um agente transformador da sociedade, ter perfil de liderança e correr atrás da realização de muitos sonhos de futuro. Tendo esta consciência é possível fazer acontecer uma verdadeira mudança e tornar este mundo um lugar muito melhor.

Neste ano de 2016, a esperança volta à tona. Esperança em conviver com pessoas corretas, atuantes, positivas. Esperança em ser exemplo de honestidade, de educação, de atitudes. Esperança para juntos buscarmos o mesmo objetivo, ainda que insatisfeito com a situação do Brasil, mas disposto a fazer diferente, até mesmo na política, pois se ela está ruim e não participarmos, só ficará pior. Aquele que esperança cuida da ética para não anestesiar a própria consciência e começar a achar que tudo é normal.

Para ter esperança é preciso encarar o presente com perspectiva de futuro. A esperança está relacionada diretamente com a construção do futuro, desde este momento. O ano da esperança se faz pela oportunidade de semear a ideia de projeto, de construção de um futuro coletivo, de prosperidade para nossa terra. A esperança é a maneira de traduzir os sonhos em realidade, mas somente se o sonho for sonhado junto é que irá resultar em ações concretas na sociedade e na política. 

Bela Vista e o Brasil não é o mesmo do ano passado e tampouco será o mesmo no ano que vem. Há muita história para ser escrita e a virtude da esperança torna a história mais rica por estar investida em valores dentro de um ideal. Paremos de esperar que outras pessoas façam as coisas por nós, vamos assumir nossas responsabilidades e fazer acontecer. Mostre que você tem sede de mudança e vamos esperançar juntos!

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

Por Gabriel Boccia

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