Partido militar colhe assinaturas em Campo Grande para homologar legenda

Foto: Marcos Ermínio/Campo Grande News


Em meio ao movimento de pessoas no Centro de Campo Grande na manhã deste sábado (7), integrantes do PMB (Partido Militar Brasileiro) recolhiam assinaturas para efetivar a criação da legenda. Segundo o presidente do diretório regional, o militar da reserva do Exército Ionaldo José Arce, é preciso a manifestação de 500 mil pessoas para que haja a homologação. A ação está sendo realizada em vários estados e a meta local é contribuir com 7 mil assinaturas. Eles já conseguiram 1,2 mil.

“Trata-se do primeiro contato que o partido está tendo com o público da cidade. Esse vai ser o termômetro. Vamos avaliar os resultados para dar continuidade, quem sabe nos bairros”, disse ao Campo Grande News.

Arce discorda haver rejeição do público, principalmente relacionada com a ditadura. “Existe uma rejeição natural contra o termo política, mas a gente argumenta que não existe outra saída”, relata. Para ele, a história da ditadura é contada sob um ponto de vista e criou uma espécie de “verdade construída” na sociedade.

No entanto, salienta que a presença de militares na política deve partir do povo e não de um golpe, como ocorreu em 1964. “Eu sou contra a tomada do poder pelas armadas. Se a população quer que os militares assumam o poder, que seja pelo voto”, afirma.

O presidente regional deixa claro que a iniciativa não tem relação com Exército, Marinha, Aeronáutica ou qualquer outra força militar auxiliar. Tratam-se de aposentados e reservistas que seguem um movimento criado em São Paulo pelo deputado federal Capitão Augusto, hoje filiado ao PPS, visto que o PMB ainda não está homologado.

Em Mato Grosso do Sul já existem outros 13 diretórios, em Aquidauana, Corumbá, Ladário, Três Lagoas, Amambai, Nioaque, Jardim, Bonito, Bela Vista, Dourados, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste e Porto Murtinho.

Contradizendo o nome, a legenda é aberta também a civis. Questionado se a escolha do título da legenda trata-se, então, de uma estratégia de marketing, Arce nega. “Se o nome ‘militar’ atrai, ótimo, mas não foi com essa intenção que ele foi criado”, explica.

Fonte: Ricardo Campos Jr. – Campo Grande News

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