A Polícia Federal em Mato Grosso do Sul investiga ela mesma, a Receita Federal e até a Justiça Federal pelo vazamento de informações acerca da operação Labirinto de Creta, deflagrada quinta-feira passada. A investida policial teve o propósito de desmantelar uma organização suspeita de sonegar algo em torno de R$ 200 milhões em impostos por meio de negócios conduzidos por frigoríficos que funcionavam aqui no Estado e em cidades do Paraná.
No relatório preparado por um dos delegados da PF que cumpria mandados de busca e apreensão, descobriu-se que alvos da apuração ficaram sabendo da operação antes e destruíram provas.
Em Maringá, durante buscas a documentos na casa de um dos investigados, Rodrigo Maia, irmão de umas das sócias do do frigorífico Beef Nobre, os policiais encontraram papéis financeiros queimados dentro da churrasqueira. Anteontem, em Campo Grande, os agentes apreenderam um caminhão-baú com uma tonelada de documentos. O caminhão estava abandonado e há indícios de que os papéis com operações firmadas pelas empresas do grupo suspeito, entre os anos de 2010 e 2014, iam ser destruídos. A PF apreendeu também depois da operação um avião do grupo, avaliado em R$ 3 milhões.
Punição
De acordo com a PF, se houver indícios de participação de servidores federais no vazamento das informações, será aberto um inquérito com a intenção de punir o culpado. Ainda segunda a PF, a instituição “tem meio de descobrir logo as circunstâncias do vazamento”.
Fonte: Correio do Estado