Queima de arquivo: servidores suspeitam de ação para ‘limpar’ dados

Servidores de carreira que trabalham no IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação) suspeitam que dados estratégicos referentes à vida fiscal e financeira da administração pública de Campo Grande corram risco no órgão. Segundo relatos, ‘movimentação estranha’ teria sido percebida no órgão nesta terça-feira (25), enquanto políticos e empresários eram conduzidos para a sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para depor na Operação Coffee Break.

Os websites e o sistema de emissão de notas fiscais da Prefeitura Municipal de Campo Grande chegaram a ficar indisponíveis no começo da tarde. A informação oficial é de que houve ‘problemas com o link da Embratel’. No entanto, os servidores desconfiam que uma espécie de ‘queima de arquivos’ tenha sido disparada e possa ter causado a interrupção nos serviços.

“Desde que estourou a Operação Lama Asfáltica, ouvimos que tinham um botão de autodestruição preparado aqui para limpar os arquivos que deveriam ficar inacessíveis em uma eventual devassa. Hoje, quando chegou a notícia de que o Baird e o Fabão tinham sido pegos pelo Gaeco, a correria foi grande entre os terceirizados”, conta um servidor municipal.

Ele se refere ao empresário João Baird, dono da Itel Informática, e a Fábio Portela Machinski, diretor de administração e finanças do IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação) durante a gestão de Gilmar Olarte. Os ‘terceirizados’ são os funcionários da Itel que atuam no órgão mediante contrato milionário da empresa com o poder público municipal mantido desde a gestão de Nelsinho Trad (PTB) e questionado no MPE-MS (Ministério Público Estadual).

Baird e Fábio estão entre os alvos da Operação Coffee Break, desencadeada pelo Gaeco depois que escutas da Polícia Federal reuniram indícios de denúncia envolvendo compra de voto dos vereadores para cassar Alcides Bernal (PP) do cargo de prefeito.

Fonte: Éser Cáceres – Midiamax

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