Samu da Capital é o 2º do País a usar tecnologia israelense

Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado


A partir de sábado (4), oito ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e duas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) contarão com luvas para exames de eletrocardiograma. O equipamento foi desenvolvido em Israel e usado pela primeira vez na Guerra do Golfo, no final da década de 90.

Com estes aparelhos, o Samu de Campo Grande vai se habilitar a usar em pacientes cardíacos um medicamento (trombolítico) que ajuda a desobstruir trombose nas artérias do coração em pacientes com princípio de infarto, reduzindo em até 17% o número de mortes. Atualmente o uso desses medicamentos é permitido apenas em hospitais.

Em três minutos o equipamento emite o laudo para a equipe que, dentro da ambulância, terá diagnóstico fundamentado para direcionar o paciente ao local com estrutura de atendimento mais adequada.

Em média, o Samu registra 3.200 atendimentos por mês relacionados com dor toráxica, sendo que de 40% a 50% dos casos são confirmados como infarto.

Sessenta funcionários do Samu fazem treinamento no UPA Universitário para aprender a manusear o equipamento.

Investimento

A prefeitura fechou contrato para a locação de 10 equipamentos para exames de eletrocardiograma e seis aparelhos de ultrassonografia de alta resolução. Pelos equipamentos, o município pagará R$ 180 mil por mês. O valor inclui manutenção (com reposição em caso de defeito), treinamento e garantia de 1.200 exames mensais. Em torno de R$ 2,5 milhões são recursos que o Samu economizou ano passado.

Aparelho

Conforme especialistas, o equipamento israelense é fácil de ser manuseado. É uma luva que substitui o aparelho de eletrocardiograma convencional, e pode ser usada mesmo sem a presença de um médico. O aparelho é vestido pelo paciente, sobre o peito. Os eletrodos espalhados pela luva captam os sinais e enviam para um notebook via bluetooth.

O exame é enviado via 3G para uma central, onde um médico emite o diagnóstico em, no máximo, quatro minutos. Conhecido como telemedicina, esse sistema de diagnóstico à distância também permite medicar pacientes no local do resgate, antes mesmo de chegar ao hospital.

As luvas serão distribuídas da seguinte forma: três ficarão nas unidades avançadas, duas nas intermediárias, uma na viatura avançada que o Samu tem em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma na viatura básica e três ficarão emprestadas às Upas.
Já os ultrassons podem identificar com precisão, hemorragias internas, problemas cardíacos e fraturas, agilizando a regulação do paciente para a unidade de saúde mais adequada.

Fonte: Vânia Santos – Correio do Estado

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