O eletricista industrial Francimar Câmara Cardoso deve se apresentar na manhã desta quinta-feira (19) na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande para prestar depoimento sobre o assassinato do supervisor Bruno Soares da Silva Santos, de 29 anos. Segundo o advogado de defesa, Marcos Ivan, o cliente cumprirá a prisão temporária de 5 dias estipulada pelo delegado Miguel Said.
De acordo com o advogado, Francimar não tinha a intenção de matar Bruno e sim assustá-lo. Para a defesa, o autor contou que após saber que a mulher havia sido assediada, resolveu dar um susto na vítima, pegou a arma que pertencia ao pai, já falecido, e foi até o local do crime, mas no nervosismo acabou atirando.
Na versão do autor, desde o dia que foi abusada a mulher estava depressiva e não contava para ele o que havia acontecido, até que no sábado (14), quando o casal estava na casa de parentes, ela resolveu contar.“O sentimento de ódio e de raiva as vezes passa por cima de tudo”, defende Marcos.
Conforme o advogado, a defesa convenceu Francimar a se apresentar, mesmo acreditando que a prisão temporária pedida pelo delegado responsável pelo caso é injusta. “Vou aguardar os 5 dias da prisão temporária para o delegado juntar todas as provas e para não prejudicar as investigações e ai vou entrar com os procedimentos para a liberdade do meu cliente”, revela.
Para Marcos, o cliente não soube lidar com a situação por ser um homem simples e por isso acabou cometendo o crime. “Em momento nenhum se registrou vontade de matar nas ações dele”, conclui. A arma usada no crime, uma espingarda de calibre 26, também será entregue na delegacia.
Assédio
Segundo Marcos Ivan, antes mesmo do dia 23 de fevereiro Bruno vinha assediando a mulher de Francimar. Nas palavras dele, a vítima tentava convencer a colega de trabalho a ficar com ele.
No boletim de ocorrência do caso, consta que o supervisor ficou esperando a mulher sair do trabalho e quando a viu, a puxou pelo braço, ‘apertou’ ela contra a parede e começou a beijar e passar a mão pelo corpo dela. Ainda segundo o registro, Bruno teria dito para a colega largar o marido para ficar com ele.
Depois de conseguir escapar, ela relatou o fato a outras colegas da empresa e até mesmo ao diretor em uma reunião, para quem pediu afastamento temporário do local de trabalho. “Ela está tomando antidepressivo, calmante e está fazendo um tratamento sério”, conta o advogado.
Fonte: Geisy Garnes – Midiamax