Temer saiu às pressas para evitar repercussão negativa, justifica Junior Mochi

Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado


A saída às pressas do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), de reunião partidária em Campo Grande foi para evitar “repercussão negativa” em meio ao caos político decorrente de nova fase da Operação Lava Jato. Seguranças o blindaram e o presidente regional da sigla, Junior Mochi, tentou  justificar o caso.

“Ele não quer que a fala dele possa ter repercussão negativa nesse momento delicado. Preferiu se abster de fazer e emitir opiniões pessoais porque acha que, neste momento, que era para consolidar o partido e falar da candidatura própria à presidência se transforma em outro foco”, ressaltou Mochi.

Temer chegou à Capital sul-mato-grossense durante a madrugada desta sexta-feira (3), onde participou de evento com representantes do Judiciário e seguiu para reunião na sede estadual do partido.

Durante o evento, o vice-presidente ressaltou que ninguém ignora a situação de crise e que seu partido garante a governabilidade por ser mais numeroso, além de afirmar que haverá candidato próprio à Presidência da República em 2018. “Estamos unidos em nome do país”, frisou.

Parlamentares sul-mato-grossenses, como os senadores Simone Tebet e Waldemir Moka, disseram que o governo atual não representa os brasileiros e reforçaram pedido de que o partido rompa aliança com o PT e entregue os cargos que dispõe. Mesmo posicionamento foi adotado pelo deputado federal Carlos Marun.

As declarações ocorrem durante nova fase da Operação Lava Jato, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi conduzido coercitivamente a prestar depoimento na Polícia Federal. Todo o contexto levou o vice-presidente a se blindar em Mato Grosso do Sul e sair às pressas evitando a imprensa. Houve bate-boca com seguranças da Presidência da República acionados para segurar repórteres, fotógrafos e cinegrafistas.

Fonte: Kleber Clajus – Correio do Estado

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